O ensino prático nas regiões mais carenciadas da Guiné-Bissau é de longe a minha melhor experiência nestes três anos de formação. Aprendemos que enquanto professores podemos sim fazer a diferença, usando a nosso favor tudo o que recebemos na teoria, independente das condições que temos em mãos.
Gregório Augusto Gomes,
ADPP ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, BACHIL
Somos treinados diariamente a implementar métodos comportamentais consoante o comportamento da criança que temos na sala de aula. Algumas irrequietas, outras calmas e outros com necessidades especiais. Estou no último ano de formação em ADPP Escola de Formação de Professores, Bachil e acredito que ganhei o sentido de profissão, sei hoje que não podemos segregar crianças. Elas precisam interagir e aprender juntas.
Bernardo Salvador Mendonça,
ADPP ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, BACHIL
Reforço das capacidades e produção de sabão
Aprendi a produzir sabão natural chamado Nepani. É um sabão com moringa, papaia e neem. Vou levar este conhecimento para a comunidade quando terminar o período de ensino prático integral e pretendo criar uma associação para produzir e vender sabão com o apoio da escola.
NAMIRAM AFONSO LABAR,
ADPP ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, BACHIL
Ser mulher nesta área de canalização é um grande desafio. Todas as experiências práticas e teóricas de hoje vou usá-las no futuro. Para crescer na vida. Tenho a meta de abrir uma empresa dedicada a canalização e geri-la com tudo que aprendi.
Verónica Carlos Cá, Bissau
ADPP ESCOLA VOCACIONAL BISSORÃ
Descobri a tuberculose em Bubaque. Eu sentia-me cansado, dores no corpo e quando urinava a cor era amarela. Os meus pais me levaram para Uno, uma ilha distante de Bubaque, e lá fiz tratamento tradicional. Mas não resultou. Levaram-me ao centro de saúde em Bubaque, testei positivo para TB e iniciei os tratamentos. Sinto-me bem melhor, mais forte, durmo à noite e sei que vou melhorar.
Giovani José Bernardo,
Centro de Saúde de Bubaque
Sou apaixonada pelo meu trabalho, comunico de forma adequada com os doentes para que entendam que é importante ter pensamentos positivos, comer alimentos saudáveis e estar socialmente envolvido na luta contra o VIH.
Tenho aprendido que a comunicação é a chave para superar os desafios correlacionados ao VIH.
Os doentes confiam em mim porque estou sempre presente durante o processo de prevenção, teste, tratamento e supressão da carga viral.
A nossa comunicação em rede com os líderes comunitários, as autoridades regionais de saúde e os que estão profundamente envolvidos na causa, tem se mantido sólida. Há uma grande melhora no sistema de serviços de VIH, desde casas até centro de saúde.
VICTORIA PEREIRA,
TCE GUINÉ-BISSAU
A minha comunidade mudou muito com a intervenção dos projetos de saúde. A anos atrás a maior parte das mulheres grávidas não frequentava os centros de saúde, especialmente os cuidados pré-natais, por tabus, crenças, costumes e, algumas, por ausência de meios económicos.
Sou testemunha de que há um sinal de mudança gradual na minha comunidade, embora o processo seja longo.
Gostaria de pedir que o projeto se prolongue, pois quanto maior a sua duração maior será o seu impacto e a compreensão aprofundada dos tópicos abordados.
CRIS NAIFA, GABÚ
Conheci este homem no centro de testagem improvisado na casa do líder comunitário. Entre 41 pessoas testadas ao HIV, 4 resultados foram positivos e ele era um desses quatro. Ofereci a minha ajuda, aconselhei e pedi que iniciasse o tratamento. A sua esposa tinha falecido recentemente. Ele resistiu ao tratamento, recusou admitir a doença e considerou a cura através do consumo de cerveja de caju. Tempos depois, voltei a comunidade e ele estava mais abatido. Tinha sido diagnosticado com Tuberculose. Estou a ajudá-lo nos cuidados domiciliares. Começou o tratamento da TB e mais tarde começará a tomar a medicação ARVs.
Tenho orgulho do meu trabalho e do seu impacto positivo. Sei que tenho contribuído para a sobrevivência deste homem.
FELICIANA GOMEZ CA
Recebi uma bolsa de estudos do projeto Nha Horta I Nha Sabura para estudar horticultura e nutrição por seis meses na ADPP Escola Vocacional, Bissorã.
Durante o programa de seis meses aprendi imenso com os meus professores e colegas. Formei-me e fiz um ano de estágio na minha comunidade. Partilhei os meus conhecimentos em nutrição, produção hortícola orgânica e agroecologia, o que melhorou a nossa produção.
CLÁUDE SANHA
A minha comunidade adquiriu uma nova mentalidade quanto a produção de hortaliças. O projeto NHA HORTA I NHA SABURA ensinou-nos que a produção de hortaliças é uma atividade importante para a alimentação da própria comunidade e para a economia das famílias. É mais um passo que estamos a dar em direção ao nosso desenvolvimento.
ADELINA GOMES
A nossa comunidade está mais forte desde que nos ensinaram a investir na produção biológica. Temos visto melhoria na alimentação e no rendimento. Famílias conseguem pagar a educação e a saúde dos seus filhos. Esta jornada nos beneficiou com 0,4 hectares e um objetivo em comum, produzir mais.
TOIA AGOSTINHO ERNBANA